A INSUFICIÊNCIA COGNITIVA EM IDOSOS E SEUS IMPACTOS NA QUALIDADE DE VIDA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Resumo
INTRODUÇÃO: Atualmente, a demência representa um significativo problema de saúde pública pela longa extensão e complexidade de manifestações funcionais, emocionais e consequências sociais, tanto para os idosos quanto para seus familiares. O alto índice de diagnósticos são devido ao aumento da qualidade de vida na qual gera um aumento da longevidade, causando assim um comprometimento da qualidade de vida, devido a dificuldade, ou perda nas habilidades para desenvolver atividades básicas diárias afetando assim a independência e autonomia do idoso. 1,3 Associado a tais alterações, a depressão em pacientes de idade avançada demonstra ser um fator predisponente em indivíduos com um declínio cognitivo. 2 O presente estudo tem como objetivo expandir e aprimorar os conhecimentos sobre diagnóstico de demência e disfunção cognitiva em idosos, visando os impactos na qualidade de vida desses indivíduos. MÉTODOS: O estudo representado trata-se de uma revisão integrativa na qual foram selecionados artigos que abordavam demência e alterações cognitivas em idosos. Foram utilizados revistas eletrônicas e artigos publicados nas bases de dados Scielo, Pubmed, Lilacs, google acadêmico e sites oficiais. Os critérios de inclusão dos artigos foram baseados no período entre 2015 a 2020 e dentro da temática escolhida e os critérios de exclusão foram artigos publicados antes da data de inclusão e qualquer recorte que não se adequasse ao tema. Os descritores usados foram demência, disfunção cognitiva e qualidade de vida. RESULTADOS:A falta de informação relacionada ao comprometimento da qualidade de vida dos idosos, devido às deficiências cognitivas são preocupante uma vez que o Brasil se encontra em processo de envelhecimento populacional.1 Ademais, os transtornos depressivos em idosos e a insuficiência cognitivas, fazem com que seja necessária a aplicação de medidas de avaliação e suporte para que seja possível diminuir o impacto negativo que o despreparo com essas situações acarreta na qualidade de vida da população idosa.2,3 Por consequente, é importante ressaltar a existência da necessidade de avaliar as consequências da disfunção cognitiva na qualidade de vida de tais indivíduos.Tendo em vista tal necessidade, é possível inferir que existem questionários que visam o mapeamento dos indivíduos para que assim ocorra o direcionamento da intervenção que melhor se enquadra em cada paciente, sendo possível exemplificar a Escala de Qualidade de Vida na Demência (DQol) na qual se baseia nas informações dadas pelo paciente visando a avaliação dos sentimentos de pertença, autoestima, sentimento, afeto positivo e negativo. Além de tal escala, podemos exemplificar também a Escala de Cornell-Brown para a Qualidade de vida em Demência (CBS) que permite a avaliação geral do paciente analisando o bem estar físico e mental. 4 Apesar das dificuldades enfrentadas pelos profissionais em avaliar e auxiliar tais pacientes, a existência de questionários vinculados com tal avaliação é vista de forma positiva, mesmo que sejam feitas na língua inglesa e necessitem de uma adaptação para a população brasileira. Portanto, os cuidados dos pacientes idosos diagnosticados com demência de qualquer grau, devem ser avaliados de forma individual buscando a promoção da qualidade de vida de forma que seja positiva para o paciente. CONCLUSÃO: Com o crescimento do envelhecimento da população, torna-se necessário, que a sociedade juntamente com os profissionais da área da saúde, encontrem os caminhos que levem a um menor impacto na qualidade de vida da população idosa apesar do déficit cognitivo. Tais decisões sobre o cuidado com os idosos devem sempre visar o estímulo da funcionalidade cognitiva com atividades integrativas, para que assim, a qualidade de vida seja restaurada e mantida.
Referências
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