IMUNOSSENESCÊNCIA E COMORBIDADES: PREDISPOSIÇÃO À MORTALIDADE AO COVID-19 EM IDOSOS

Autores

  • Renata Carvalho Almeida
  • Ana Carolina Oliveira Santos Gonçalves
  • Brunno Leonardo Morais Brandão Vilanova
  • Julia Gonçalves Ferreira

Resumo

INTRODUÇÃO: O processo de envelhecimento resulta na alteração de funções fisiológicas, a exemplo da imunossenescência, caracterizada pela diminuição da capacidade de resposta imunológica à agentes infecciosos, como o SARS-CoV-2[1,2]. Além disso, idosos apresentam maior incidência de comorbidades, incluindo, doenças cardiovasculares, pulmonares e distúrbios nutricionais[1,3,4]. Diante disso, há uma maior susceptibilidade ao agravamento da COVID-19, o que contribui para a elevada morbimortalidade dessa população[3]. OBJETIVO: Esclarecer a relação da imunossenescência e comorbidade em idosos com COVID-19 como fator de elevada mortalidade. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica, realizada por meio de busca e extração de artigos do PubMed, com os descritores “Viral susceptibility OR COVID-19 AND immunosenescence”, com filtro de 5 anos e sem restrição de idioma. Obteve-se um total de 32 artigos, dos quais 6 foram selecionados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em estudo realizado com pacientes acometidos pelo SARS-CoV-2 na China, (N=44.672), indivíduos com mais de 60 anos corresponderam à 31,2% dos infectados, entretanto, representaram 81% das mortes[1]. Tal fato é explicado pela limitação fisiológica de células T nos idosos, agravada pela COVID-19 a partir da indução da depressão e desregulação imunológica, o que resulta numa resposta tardia e hiperativa[2,5]. Ademais, estudo norte-americano aponta que idosos com comorbidades apresentam pior prognóstico à COVID-19, a exemplo da hipertensão arterial sistêmica, presente em 72,6% das hospitalizações[6]. CONCLUSÃO: Em suma, torna-se evidente o pior prognóstico do idoso acometido por COVID-19, em razão da imunossenescência e da elevada incidência de comorbidades nesse grupo. Sendo assim, é necessário a adoção do distanciamento social como medida preventiva, diagnóstico precoce e monitoramento diferenciado ao idoso infectado. Outros sim, é importante o direcionamento de estudos e pesquisas científicas voltadas à reversão ou melhora da função imunológica nos idosos para reduzir sua vulnerabilidade.


Referências

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Publicado

2020-11-17

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Seção

Artigos