A IMPORTÂNCIA DO CUIDADOR NA ATENÇÃO DOMICILIAR

Autores

  • Larissa Alvim Mendes
  • Amanda Soares de Carvalho Barbosa
  • Rafaela Ferreira Gomes
  • Renata Alvim Mendes

Resumo

INTRODUÇÃO: A população acima de sessenta anos ultrapassa 30 milhões em 2017 e cresce, aproximadamente, 20% nos últimos cinco anos. Na década de 60 era em torno de 3 milhões. A expectativa de vida do brasileiro está aumentando a cada dia, sendo que em 2030 pode alcançar, aproximadamente, 79 anos. Diante desses dados de longevidade, objetiva se ressaltar as funções e a relevância da figura do cuidador. METODOLOGIA: Esse estudo trata se de uma revisão da literatura de caráter exploratório e descritivo. Realizou se um levantamento bibliográfico entre 2010 a 2020, abordando assuntos relevantes à pesquisa na base de dados Google Acadêmico, Scielo (Scientific Electronic Library Online) . DESENVOLVIMENTO: O cuidador pode ser considerado aquela pessoa que dedica a tarefa de cuidar de um idoso, seja ela membro da família que, voluntariamente ou não, assume essa atividade. Há uma prevalência do sexo feminino para essa atividade, sendo que o grau de parentesco predominante com o idoso são os filhos. Ele assegura o conforto físico e segurança do paciente, estimula e ajuda na alimentação, cuida do vestuário e aparência do idoso, colabora com os cuidados de higiene, realiza mudanças de posição na cama e massagens para conforto, além de ajudar na preservação da calma emocional e autoestima. O cuidado na Atenção Domiciliar, deve empoderar e incentivar a autonomia e promoção de saúde do idoso. Não é interessante torna ló totalmente dependente do cuidador, é preciso respeitar a individualidade e estimular pequenas atividades possíveis, como: independência no banho, na deambulação pela casa, nas trocas de roupa, higiene, no preparo dos alimentos e nas refeições. Ele deve ser acompanhando nas consultas, exames e tratamentos. Esse profissional ou familiar que zela pela saúde do idoso deve saber comunicar a equipe (se houver outros cuidadores) e a família sobre as mudanças de saúde da pessoa cuidada. É importante ressaltar a importância de se ter um líder, caso houver mais de um cuidador, responsável em orientar e demarcar funções. A rotina é essencial. Tanto o cuidador formal, quanto o cuidador informal devem ter condições de dar medicações nos horários adequados e de suprir as necessidades daquele indivíduo. De acordo com que a enfermidade do idoso evolui, as demandas sobre o cuidador aumentam. Em muitas famílias, somente uma pessoa fica responsável pelo idoso. Mas, se existe colaboração entre os familiares, de forma que haja bom relacionamento a fim de oferecer cuidados de boa qualidade no domicílio, este suporte entre eles (amor, afeição, preocupação e assistência) tende a reduzir os efeitos negativos do estresse causados pela doença do idoso. CONCLUSÃO: Portanto, deve se incentivar o bom relacionamento e também a orientação adequada para o cuidador, a fim de que a saúde dele e do idoso fiquem preservadas. Quando há sentimento de sobrecarga do cuidador, e ele realiza uma gama de atividades potencialmente geradoras de estresse e efeitos negativos, o idoso e o serviço tendem a ficar prejudicados, refletindo na saúde de todos. Desse modo, verifica-se necessidade de assistência à saúde e estratégias de intervenção junto ao cuidador por parte da Estratégia de Saúde da Família, com intenção de melhor capacitação dessa atividade, evitando que ocorra alterações de saúde com desgaste psicológico, físico e social.

 

Referências

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Publicado

2021-03-08

Edição

Seção

Artigos