ATENDIMENTO AOS PACIENTES GERIÁTRICOS POLITRAUMATIZADOS DE FACE: REVISÃO DE LITERATURA
Resumo
INTRODUÇÃO: O envelhecimento é caracterizado por um declínio no funcionamento de todos os sistemas orgânicos na qual há uma diminuição da percepção sensorial e da capacidade física para enfrentar o perigo. Os reflexos não são rápidos quanto eram e a coordenação não é tão boa; assim a reação às situações perigosas está lentificada e menos eficaz. Combinada a essas alterações, há uma fragilidade aumentada dos ossos; isto se deve à perda da cartilagem e também a uma diminuição do material calcário dos ossos; desta maneira, os idosos tornam-se mais suscetíveis a fraturas. A cicatrização é também mais lenta, em grande parte porque a circulação não é tão eficiente1,2,3,4,5. O objetivo desse trabalho é realizar uma revisão da literatura, das etiologias, do tratamento e do acompanhamento pós-trauma em região Buco Maxilo Facial em pacientes geriátricos, levando em consideração aspectos anatômicos e fisiológicos da face em pacientes idosos. MÉTODOS: Os métodos utilizados incluíram busca na literatura através da base de dados dos sites Scielo, Embase e PubMed, utilizando os descritores “idosos”, “traumatologia”, “face”, com um período de tempo de 2016 a 2020. A fim de escolher os artigos em que havia debate sobre fraturas maxilo faciais em pacientes geriátricos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os traumas de face em idosos ocorrem mais o gênero masculino, com faixa etária entre 60 e 69 anos e tem como os principais fatores etiológicos do trauma as quedas e acidentes de trânsito. Embora os pacientes idosos estejam sujeitos ao mesmo mecanismo de trauma de outros grupos etários, os pacientes geriátricos são únicos nas suas respostas a essas injúrias. As mudanças fisiológicas, metabólicas e biomecânicas que ocorrem com a idade podem afetar a capacidade para resistir ao estresse, como também aumentar a incidência de complicações e diminuir a chance de sobrevida. Além disso, a presença de doenças crônicas e o uso de medicamentos pré-trauma, podem influenciar na reação orgânica dos pacientes senis. Os cuidados no trauma devem levar em conta a condição sistêmica desses pacientes e a assistência deve ser diferenciada. CONCLUSÃO: É preciso que os profissionais dos serviços de saúde preparem-se cada vez melhor para saber reconhecer sinais de violência no idoso deixados pelas lesões e traumas que chegam aos serviços para que o tratamento seja instituído com o mínimo de interferência no organismo do paciente senil, aumentando assim, sua possibilidade de sobrevida.
Referências
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