O IMPACTO DA PANDEMIA NA SAÚDE E VIDA DIÁRIA DO IDOSO
Resumo
INTRODUÇÃO: A pandemia de COVID-19 é um problema de saúde pública agravado pela inexistência de vacinas ou tratamento comprovadamente eficaz.1 Diante de um dos problemas mais graves de saúde da última década1, foram colocadas em pratica estratégias de distanciamento social, utilizadas como forma de controle para disseminação da atual pandemia.2 Além das estratégias de distanciamento social diversas medidas para controle e prevenção da doença foram tomadas por diferentes esferas administrativas e como resultado a população aderiu e colaborou com o objetivo de se prevenir do COVID-19.3 Durante crises como a atual pandemia a preocupação com a saúde mental se intensifica visto que tal evento provoca perturbações psicológicas e sociais que afetam o enfrentamento da mesma.4 A população mais vulnerável a essa doença são os idosos, os mesmos apresentam maior mortalidade com ênfase aos que possuem doenças crônicas.5,6 Apesar do envelhecimento populacional ser notável, essa parcela da população recebe pouca visibilidade e valorização.6 Por fim, ao considerar a vulnerabilidade do idoso frente ao COVID-19 esse trabalho busca realizar uma revisão sistemática de literatura sobre o impacto da pandemia na saúde e vida diária dessa parcela da população. METODOLOGIA: Foram analisados os artigos com os descritores quality of life, COVID-19, seniors na base de dados PubMed, MedLinee Scielo. Assim, foi realizada uma revisão sistemática de literatura. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante a pandemia de COVID-19 a humanidade vivencia crises diversas, principalmente a população idosa. A mesma é destaque em meio a pandemia, e com isso surgiu a importância de se discutir o impacto da situação atual na saúde integral do idoso. Devido a vulnerabilidade dos idosos o cuidado gerontológico ficou evidente, e com isso a importância de ressignificar os vínculos com essa população. A autonomia e independência do idoso são o alicerce para o envelhecimento saudável, porém o distanciamento social é necessário por precaução a saúde em busca de preservação e proteção do mesmo. A terceira idade é destaque dentro da pandemia, o que está relacionado com alterações decorrentes da senescência e senilidade.6 A imunossenescência é responsável por aumentar a vulnerabilidade e por piores prognósticos para aquele que possuem doenças crônicas.5,6 O mundo está sofrendo mudanças junto a pandemia, logo é importante ressaltar que os males não são apenas a saúde física, mas a saúde mental, espiritual, aos costumes e as organizações sociais atuais e futuras.7 A realidade social está em evolução e transformação constante, trazendo modificação na vivencia dos idosos e da sociedade como um todo.5 Dessa forma, os idosos que já sofriam anteriormente a pandemia, por repressão, preconceitos, pré-julgamentos e estereótipos apresentam piora significativa.5 Em meio as orientações e decretos de distanciamento social, os mesmos perdem sua heterogeneidade e evidenciam dificuldades e expõem suas fragilidades principalmente aos familiares e sua rede de apoio.5 É importante ressaltar que na realidade brasileira muitos idosos são os provedores financeiros das famílias, e com as ações para o controle da pandemia houve a necessidade de permanência domiciliar o que afetou a estabilidade financeira de diversas famílias e evidenciou a dificuldade em cumprir o distanciamento social.5,6 Como consequência as relações familiares foram afetadas ,gerando conflitos.6 Assim, nesta pandemia foi reforçado que os idosos possuem sua s próprias características e peculiaridades, além da diversidade e complexidade do envelhecimento humano.6 CONCLUSÃO: A vivência do COVID-19 significou novas condutas e conhecimento, aproximando o meio cientifico visto que para o controle da mesma são necessárias mudanças individuais e coletivas. A pandemia destacou a saúde dos idoso, dando ênfase a necessidade de proteção, respeito, dignidade e rede de apoio, destacando dessa forma o cuidado e a atenção ao idoso. As ações devem zelar pela autonomia e independência do idoso reforçando a necessidade do cuidado gerontológico e de ações de atenção aos idoso, respeitando a pluralidade e vulnerabilidade individual.
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