APLICAÇÃO DE ENFERMAGEM PARA O COTIDIANO DE CUIDADORES E PORTADORES DE ALZHEIMER: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Resumo
Os países do chamado Terceiro Mundo vêm apresentando, nas últimas décadas, um progressivo declínio nas suas taxas de mortalidade e, mais recentemente, também nas suas taxas de fecundidade. Esses dois fatores associados promovem a base demográfica para um envelhecimento real dessas populações, à semelhança do processo que continua ocorrendo, ainda que em escala menos acentuada, nos países desenvolvidos (RAMOS,1987).
Envelhecimento populacional é um fenômeno de caráter mundial, evidente tanto nos países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento. No Brasil, o contingente de pessoas idosas soma cerca de 21 milhões. Com o processo do envelhecimento, podem surgir patologias características dessa faixa etária, como é o caso da Doença de Alzheimer (DA) (ILHA, 2014). DA é a principal causa de demência em pessoas com idade avançada, é crônica, degenerativa, progressiva e irreversível (FARFAN, AEO et al, 2017).
O Mal de Alzheimer é um distúrbio ou demência cerebral progressivo e irreversível para o qual não existe nenhuma causa definida, nenhum tratamento definitivo e, até o momento, nenhuma cura previsível. A palavra demência significa “perda do juízo” ou “privação da mente”. As doenças ligadas à demência são resultadas de um ou mais processos doentios que alteram drasticamente o comportamento das pessoas e gradualmente arruínam suas vidas e as vidas de famílias inteiras (MOONEY, 2011).
Com o aumento dos casos de DA no Brasil e no mundo recorrente nos últimos anos e considerando a necessidade de cuidados constantes da população portadora dessa condição de saúde, e que o profissional de enfermagem realiza grande parte dos cuidados ao idoso e na orientação de seus cuidadores, o presente trabalho tem o objetivo principal de identificar nas literaturas científicas atuais quais são os cuidados de enfermagem ao idoso acometido pela Doença de Alzheimer.