AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NO ATERRO SANITÁRIO DE MANHUAÇU
DOI:
https://doi.org/10.21576/pa.2012v6i1.1075Resumo
O município de Manhuaçu é localizado em uma região produtora de café, com intenso comércio e possui um dos maiores índices do PIB do estado de Minas Gerais. No entanto, apesar do notável crescimento econômico, o município não possui políticas sustentáveis para a qualidade de vida de seus habitantes, como a disposição adequada dos seus resíduos sólidos. Assim, esse trabalho objetivou avaliar os impactos ambientais provocados pelo aterro sanitário de Manhuaçu e a disposição inadequada dos seus resíduos. Nos anos de 2011 e 2012 a pesquisa analisou o aterro sanitário desta cidade com o intuito de encontrar irregularidades na disposição final dos resíduos sólidos e verificar eventuais impactos no meio ambiente. Para a coleta de dados foi utilizada a pesquisa documental, juntamente com técnicas de observação. Foram encontradas várias irregularidades no aterro sanitário, causadas pelo descaso do gerenciamento por parte da administração pública. Observou-se que o local de disposição final dos resíduos sólidos de Manhuaçu possui características de aterro controlado e não de um aterro sanitário. O principal motivo está ligado à simplicidade estrutural do aterro controlado, entretanto, ele pode apresentar maior risco ao meio ambiente e à saúde humana e por isso deve ser monitorado. Conclui-se que o aterro sanitário de Manhuaçu está irregular e que a situação da disposição final dos resíduos sólidos causa degradações ao meio ambiente em que está inserido.Referências
ALBERTE, E. P. V.; CARNEIRO, A. P.; KAN, L. Recuperação de áreas degradadas por disposição de resíduos sólidos urbanos. Diálogos & Ciência –Revista Eletrônica da Faculdade de Tecnologia e Ciências de Feira de Santana. Ano III, n. 5, jun. 2005.
BITAR, O.Y & ORTEGA, R. D. Gestão Ambiental. In: OLIVEIRA, A. M. S. & BRITO, S. N. A. (Eds.). Geologia de Engenharia: Associação Brasileira de Geologia de Engenharia (ABGE). São Paulo, cap. 32, p.499-508, 1998.
CONAMA: Conselho nacional do meio ambiente, resolução nº 303, de 20 de março de 2002. Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res02/res30302.html> Acesso em: 04 de jul. de 2011.
IBGE. Carta Topográfica do Brasil, Diretoria de Geodésia e Cartografia. Superintendência de Cartografia. FOLHAS SF-23-X-B-III-4, Manhuaçu e SF-23-X-B III-4, Simonésia. Primeira edição, 1979.
EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Monitoramento Ambiental. Disponível em: < http://www.embrapa.br/ Acesso em: 9 mai. 2011.
GARIGLIO, L. P.; MELO, G. C. B. de. Metodologia racional para monitoramento ambiental de aterros de resíduos sólidos urbanos. Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental. Saneamento Ambiental: Ética e Responsabilidade Social, Joinville, p.1-18, 2003.
GOOGLE, Programa Google Earth, 2006.
KOHN, L. G.; NÓBREGA, M. R. R.; MILANI, I. C. B. Caracterização microbiológica do chorume de um aterro controlado em Pelotas/RS. Pelotas-RS, 2007.
LEITE, C. M. B.; BERNARDES, R. S.; OLIVEIRA, S. A. Método Walkley-Black, na determinação da matéria orgânica em solos contaminados por chorume. Brasília-DF, 2003.
LIMA, J. S. Avaliação da contaminação do lençol freático do lixão municipal de São Pedro da Aldeia - RJ. São Pedro da Aldeia - RJ, 2003.
MANO, E. B.; PACHECO, E. B. A. V.; BONELLI, C. M. C. Meio Ambiente, Poluição e Reciclagem: Gerenciamento dos Refugos Urbanos. 1° Edição. São Paulo: Ed. Edgard Blucher, 2005.
TINOCO NETO, J. P. Gerenciamento do lixo urbano: aspectos técnicos e operacionais. Viçosa: Editora UFV, 2007.
SISINNO, C. L. S.; MOREIRA, J. C. Avaliação da contaminação e poluição ambiental na área de influência do aterro controlado do Morro do Céu, Niterói, Brasil. Niterói-RJ, 1996.
RIBEIRO, D. V.; MORELLI, M. R. Resíduos sólidos, problemas ou oportunidades? Rio de Janeiro-RJ: Editora Interciência, 2009.
SANTOS, J. B. Impacto ambiental do aterro controlado da cidade de Manaus, sobre os recursos hídricos da sua área de influência direta. Manaus-AM, 2001.
Secretaria de Planejamento da Presidência da República-IBGE: Diretoria de Geodésia e Cartografia. Superintendência de Cartografia. Carta do Brasil- ESC. 1:50.000.
SISINNO, C. L. S. Disposição em aterros controlados de resíduos sólidos industriais não-inertes: avaliação dos componentes tóxicos e implicações para o ambiente e para a saúde humana. Rio de Janeiro-RJ, 2003.
Revista da Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu – Facig (ISSN 1808-6136). Pensar Acadêmico, Manhuaçu, MG, v. 6, n. 1, p. 20-38, Janeiro - Junho, 2012.Cabral et al. (2012).
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam na Revista Pensar Acadêmico concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution por 2 anos após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).