DESENVOLVIMENTO DA RELAÇÃO COM O ESPAÇO EM QUE SE HABITA; SEUS REFLEXOS EMOCIONAIS E COMPORTAMENTAIS

Autores

  • Taiana Passos Passamani Faculdade América

DOI:

https://doi.org/10.21576/pa.2022v20i3.3481

Palavras-chave:

Neuroarquitetura, Autoconhecimento, Espaço Construído, Habitar, Beleza.

Resumo

O presente estudo tem como objetivo apresentar e ressaltar a importância do cuidado de si através da construção da relação íntima com a arquitetura. Com o avanço tecnológico vivido no mundo globalizado, observamos um distanciamento dos cuidados dedicados aos espaços, a diminuição da interação e entrega às pequenas rotinas e apreços com a casa. Viver deixou de ser cuidar-se e passou a ser sobrevivência. No entanto, começamos a perceber o quanto o estado de pressa, praticidade e rapidez pode nos ser danoso. O modo de viver e as relações de uma forma geral vêm se transformando rapidamente na sociedade contemporânea. Construímos ambientes simples e pobres em estímulos, ou que oferecem estímulos em desacordo com as intenções depositadas para cada espaço. Distanciamos-nos do encontro com nossas essências e construção de identidade, e expressão de personalidade. Os estudos nos trazem a importância em nosso campo emocional, cognitivo e comportamental de estarmos atentos ao nosso mundo exterior. Nos mostra como os espaços que habitamos podem ser moduladores de nosso bem estar e orientador de comportamentos. Vemos como a dedicação e zelo pode despertar a conecção pessoal com o mundo e o sentimento de pertencimento, trazendo segurança e clareza, e até uma vida mais feliz. Com os estudos apresentados conclui-se que negligenciar os cuidados com os ambientes onde vivemos pode diminuir nossa capacidade de relacionar-se bem com o mundo, com as pessoas e com nós mesmos. A arquitetura e o design de interiores passam a ocupar um papel terapêutico de autoconhecimento, autocuidado e transformação.

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Publicado

2022-09-12

Edição

Seção

Artigos