CÂNCER DE MAMA NO CICLO GRAVÍDICO-PUERPERAL: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Autores
Mylena Ventury Conterini
UNIFACIG
Resumo
A incidência do câncer de mama durante o ciclo gravídico-puerperal varia de 1:3.000 a 1:10.000 gestações, apresenta-se em geral já em estágio avançado devido ao diagnóstico muitas vezes tardio. O diagnóstico baseia-se no exame clínico, de imagem e em técnicas de biópsia, objetivando avaliar a extensão da doença, além de prevenir o seu avanço. A mastectomia radical e a cirurgia conservadora das mamas estão indicadas durante toda a gestação, sem causar prejuízos ao desenvolvimento fetal. O esvaziamento axilar deve ser realizado, pois o comprometimento linfonodal acarreta em um pior prognóstico. O esquema quimioterápico composto por 5-fluorouracil, doxorrubicina (ou epirrubicina) e ciclofosfamida mostrou-se seguro e eficaz durante o segundo e o terceiro trimestres gestacionais. A radioterapia é contraindicada durante a gestação, podendo ser postergada para o pós-parto em até 4 meses após o procedimento cirúrgico. O manejo da doença em gestantes gera desafios e angústias para a paciente, os familiares e a equipe multidisciplinar envolvida, em decorrência do impasse entre o tratamento ideal para a mãe e a manutenção da saúde do concepto. Nesse sentido, com o uso de bases eletrônicas como Pub Med, Google Acadêmico e Scielo, o presente estudo faz uma revisão bibliográfica acerca do diagnóstico, tratamento e prognóstico do câncer de mama que ocorre durante o ciclo gravídico-puerperal, relacionando-os com as repercussões no desenvolvimento fetal.