CRYPTOCOCCUS NEOFORMANS EM NINHOS DE POMBOS, POEIRA E SECREÇÃO NASAL DE CÃES E GATOS NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, BRASIL
Autores
Flávio Gimenis Fernandes
Antonio Neres Norberg
Fabiano Guerra Sanches
José Tadeu Madeira de Oliveira
Oscarino dos Santos Barreto Junior
Nicolau Maués Serra-Freire
Resumo
Com o objetivo de pesquisar e mostrar a importância da presença de pombos, seus ninhos e excretas como fonte de infecção pelo fungo agente etiológico da criptococose, foram investigados a presença de Cryptococcus neoformans em ninhos de pombos (Columba livia), poeira e secreções nasais de cães e gatos, numa região da cidade do Rio de Janeiro que apresenta alto índice populacional de pombos, cães, gatos e humanos compartilhando o mesmo ambiente. Para a realização da pesquisa foram coletadas 150 amostras: 40 do conteúdo de ninhos de pombos, 30 de secreção nasal de cães (Canis familiaris), 30 de secreção nasal de gatos (Felis domesticus) e 50 de poeira. O material coletado foi semeado em meio de cultura agar Niger e incubado em temperatura ambiente (±30°C). O resultado mostrou que 30 dentre 150 amostras examinadas estavam contaminadas com C. neoformans, sendo 12 (30%) para ninhos, uma (3,3%) para secreção nasal de cão, duas (6,6%) para secreção nasal de gatos e 15(30%) amostras de poeira. É sugerida a importância de se empreender a limpeza dos locais onde haja acumulação de excretas de pombos como medida profilática.