HEMORRAGIA INTRACEREBRAL DECORRENTE DO USO DE RTPA PARA TRATAMENTO DE INFARTO CORONARIANO

Autores

  • Giovanna dos Santos Flora Centro Universitário Unifacig
  • Luíza Santiago Gomes Centro Universitário Unifacig
  • Yan Ker Marrara Peixoto Centro Universitário Unifacig
  • Rúbia Soares de Souza Gomes Centro Universitário Unifacig
  • Giane Prata da Costa Filha FMABC, Santo André – SP
  • Alex Nagem Machado Centro Universitário Unifacig

Resumo

A hemorragia intracerebral (HIC) é dada como uma coleção sanguínea no parênquima cerebral, representando cerca de 20% das doenças cerebrovasculares. O tratamento fibrinolítico com rtPA é utilizado no tratamento do infarto coronariano, tendo indicações e contraindicações para o seu uso, devido ao risco de causar como efeitos adversos, como as hemorragias, sendo as intracranianas cerca de 0,4 a 15%. O objetivo do trabalho é relatar o caso de um paciente que após o uso do rtPA para o tratamento de IAM, iniciou com quadro clínico de HIC em fossa posterior, acometendo o dorso cerebelar, além do IV ventrículo e espaço subaracnóide, sendo optado pela conduta conservadora devido aos parâmetros clínicos do paciente. A HIC se manifestou com déficits neurológicos de acordo com a área acometida do hematoma, além de sinais de hipertensão intracraniana. O exame de imagem para confirmar o diagnóstico é a Tomografia de Crânio, que evidencia áreas hiperdensas e microsangramentos parenquimatosos. A conduta da HIC se resume no suporte clínico das condições metabólicas e neurológicas, além da monitorização em unidade de terapia intensiva. Nesse contexto, afirma-se a importância do conhecimento das contraindicações do uso dos trombolíticos e das indicações de procedimentos mais adequados para cada caso, afim de evitar episódios de HIC ao uso de trombolítico, a qual destina à piores prognósticos.

Referências

BRASIL, M.S. Informações de saúde. Informações epidemiológicas e morbidade. Brasília: Ministério da Saúde, 2019. Disponível em: < http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sih/cnv/niMG.def>. Acesso em: 11 set. 2020.

GUILLERMIN, A.; YAN, D.J.; PERRIER, A.; MARTI, C. Safety and efficacy of tenecteplase versus alteplase in acute coronary syndrome: a systematic review and meta-analysis of randomized trials. Archives of medical science: AMS, v. 12, n. 6, p. 1181, 2016.

HOSTETTLER, I.C.; SEIFFGE, D.J.; WERRING, D.J. Intracerebral hemorrhage: an update on diagnosis and treatment. Expert Review of Neurotherapeutics, v. 19, n. 7, p. 679-694, 2019.

HUGHES, R.E.; TADI, P.; BOLLU, P.C. TPA Therapy. In: StatPearls [Internet]. StatPearls Publishing, 2019.

KASE, C.S. Intracerebral hemorrhage. Elsevier Health Sciences, 2015.

MASJUAN, J.; VERA, R. Anticoagulación tras una hemorragia cerebral. Medicina Clínica, v. 150, p. 25-29, 2018.

MEIRELES, P.F. Efetividade da terapia fibrinolítica para tratamento pré-hospitalar do infarto agudo do miocárdio. 2018. Dissertação de Mestrado. Brasil.

PASI, M.; VISWANATHAN, A. Pathophysiology of Primary Intracerebral Hemorrhage: Insights into Cerebral Small Vessel Disease. In: Stroke Revisited: Hemorrhagic Stroke. Springer, Singapore, 2018. p. 27-46.

PATEL, N.K.; ELMARIAH, S. Acute Coronary Syndromes. In: Anticoagulation Therapy. Springer, Cham, 2018. p. 197-216.

RONG, Y.; TANG, Q.; REN, M. in patients with acute cerebral hemorrhage and its prognostic value. Acta Universitatis Medicinalis Anhui, v. 52, n. 8, p. 1192-1195, 2017.

RORDORF, G.; MCDONALD, C.; EDLOW, J.A. Spontaneous intracerebral hemorrhage: Treatment and prognosis. interventions, v. 1, p. 2, 2017.

SIEIRA, P.I.; ESPARRAGOSA, I.; VALENTI, R.; MARTINEZ, E. Enfermedades cerebrovasculares. Hemorragia cerebral. Medicine-Programa de Formación Médica Continuada Acreditado, v. 12, n. 70, p. 4075-4084, 2019.

TRIFAN, G.; ARSHI, B.; TESTAI, F.D. Intraventricular hemorrhage severity as a predictor of outcome in intracerebral hemorrhage. Frontiers in neurology, v. 10, p. 217, 2019.

WIJDICKS, E.F; JACK JR, C.R. Hemorragia intracerebral após terapia fibrinolítica para infarto agudo do miocárdio. Stroke , v. 24, n. 4, pág. 554-557, 1993.

Downloads

Publicado

2021-01-22

Edição

Seção

Ciências da Saúde