A IMPORTÂNCIA DA PERSPECTIVA INTERSECCIONAL NA SAÚDE MENTAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UMA ANÁLISE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL

Autores

  • Macsuelen de Souza Jacob Centro Universitário UNIFACIG
  • Tatiana Vasques Camelo Dos Santos Centro Universitário UNIFACIG

Resumo

O resgate do percurso histórico da constituição da assistência em saúde mental à população infantojuvenil no Brasil evidencia que este é bastante singular e tardio. O alinhamento dos instrumentos de planejamento e elaboração de políticas em saúde mental atuais à luz do conceito de interseccionalidade aprofunda essa questão com a ênfase de que identidades sociais não são independentes. Diante disso, este estudo objetiva refletir acerca da perspectiva interseccional na criação de políticas públicas em saúde mental para crianças e adolescentes no Brasil. O método utilizado trata-se de um estudo teórico-reflexivo. Após a análise, a reflexão acerca da perspectiva interseccional na criação de políticas públicas em saúde mental infanto-juvenil é imprescindível para melhoria na qualidade de vida de tantas crianças e adolescentes brasileiros, e que efetivam os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Pode-se concluir que a criação de políticas públicas pelo olhar interseccional da atenção integral à saúde mental de crianças e adolescentes provoca uma perspectiva de proteção social e cidadania.


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Publicado

2022-03-10

Edição

Seção

Ciências da Saúde