ENSINO DE AUTOGESTÃO MEDICAMENTOSA A UMA IDOSA: UM RELATO DE CASO
Resumo
Introdução: Autogestão consiste nos indivíduos gerenciarem sintomas, tratamentos, consequências físicas e psicossociais. O objetivo do trabalho é relatar o acompanhamento do ensino de autogestão medicamentosa a uma idosa. Relato de caso: Foram realizadas seis visitas domiciliares, no 2º semestre de 2019, a uma idosa de 76 anos, vinculada à União Básica de Saúde (UBS) do bairro Mathias Velho, no município de Canoas, Rio Grande do Sul. A família é formada pela idosa, I.O.M., branca, e pelo seu filho T.O.M., branco, 46 anos. Ela é hipertensa com problemas circulatórios, gastrointestinais e respiratórios, e história de Acidente Vascular Cerebral. I.O.M. faz uso de Paracetamol com codeína, Ibuprofeno, Enalapril, Diazepam, Omeprazol e Ácido Acetilsalicílico. Ela questionava alguns remédios e alterava suas doses por conta própria, evitando as recomendações médicas. Dito isso, o médico da UBS preferiu ensiná-la a autogestão para evitar intoxicação e letalidade. O processo consistia em ensino domiciliar, em que o médico ministrou seis aulas simples de farmacologia e ofertou uma tabela com toxicidade, intervalo terapêutico, indicações de uso e efeitos adversos dos fármacos. Na última visita, após já ter concluido o ensino de autogestão, a idosa estava se autopercebendo mais feliz e disposta a realizar as atividades diárias. Ademais, ela estava mais adepta aos medicamentos, compreendendo a sua importância e seus efeitos farmacológicos e administrando as doses e os intervalos teurapêuticos corretamente. Conclusão: Na literatura encontrada, apesar de possuir riscos, conclui-se que a autogestão pode impactar positivamente na saúde físico-psicológica dos idosos. Isso se refere à I.O.M, que pôde gestar suas doses e frequências farmacológicas, aderindo aos medicamentos, o que garante o uso contínuo e seguro a longo prazo. Ademais, isso fez a idosa reforçar o vínculo com a UBS e com o médico de família, aumentando sua autoestima e qualidade de vida.