INTERFERÊNCIA DA AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA NA MELHORA QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO
Resumo
Introdução: A avaliação Geriátrica Ampla (AGA) consiste em um processo diagnóstico, o qual advoga a favor de um melhor gerenciamento para a saúde do idoso. Tal avaliação deve ter uma abordagem multidisciplinar com o intuito de determinar as deficiências e/ou incapacidades dos pontos de vista médico, psicossocial e funcional, com o objetivo de formular um plano terapêutico e de acompanhamento a fim de coordenar o cuidado, visando à qualidade de vida, promovendo saúde, recuperação e, sobretudo, a manutenção da capacidade funcional1 , ² . Objetivos: Descrever a influência e benefícios da Avaliação Geriátrica Ampla (AGA) na melhora/recuperação das incapacidades e desvantagens do paciente idoso frágil. Metodologia: A pesquisa foi realizada através da revisão sistemática da literatura, com consulta nos bancos de dados Scielo, PUBMED, Dynamed e DATASUS. Dos 34 artigos encontrados, 12 foram utilizados, nos idiomas português e inglês abrangendo o período de 2005 a 2017. Resultados: Sabe-se da complexidade do cuidado com o idoso, o qual se apresenta com múltiplas queixas, a complexa polifarmácia e outras comorbidades que, muitas vezes, não possuem direcionamento. A Avaliação Geriátrica Ampla (AGA) ou Global acrescenta à história clínica do usuário da saúde, garantindo um levantamento das diversas funções necessárias à vida diária de cada indivíduo para aplicar tais informações ao plano terapêutico1 , ², 3. Há uma divisão didática para pôr em prática essa avaliação, a saber: o Estado Funcional, condições médicas, funcionamento social e saúde mental (cognição de humor). Esses quatro pilares trazem ao idoso, de um modo geral, a possibilidade de melhorar globalmente com um olhar significativamente holístico dos profissionais de saúde para com o indivíduo. Os benefícios apontados com o uso dessa avaliação são: melhorar a acurácia do exame clínico inicial, estabelecer o grau de comprometimento de algumas atividades diárias e para isso são aplicadas tabelas e classificações, identificar o risco de um declínio funcional, assim como proporcionar benefícios à população como identificar populações de risco para fins de pesquisa, objetivando um planejamento de políticas públicas, populacionais, acerca do envelhecimento saudável². A AGA não é aplicável a todos os idosos, uma vez que há necessidade de comprovação de que realmente há vantagens com o seu uso, o público almejado para esse fim deve ser pacientes considerados frágeis, portadores de comorbidades, de síndromes geriátricas, de neoplasias malignas, assim como idosos hospitalizados com doença aguda. O cuidado deve ser integrado, visando a uma melhoria funcional e nos aspectos biopsicossociais³. Conclusão: A coordenação do cuidado representa vantagens, traz inúmeros benefícios e proporciona a integração dos olhares voltados a esse paciente. O conhecimento de tantas informações importantes possibilitadas pela AGA é fundamental para o direcionamento e aprimoramento das medidas que devem ser tomadas.
Referências
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- SARAIVA, L.B. SANTOS, S. N. S. A. OLIVEIRA, F. A. ALMEIDA, A. N. S. MOURA, D. J. J. M. BARBOSA,
R. G. B. Avaliação Geriátrica Ampla e sua Utilização no Cuidado de Enfermagem a Pessoas Idosas.
Journal of Health Sciences. V. 19 n. 4, 2017. Disponível em: https://revista.pgsskroton.com/index.php/JHealthSci/article/view/4845. DOI: https://doi.org/10.17921/2447-8938.2017v19n4p262-267.