VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR NA PANDEMIA

Authors

  • Eduarda Gonçalves Raimundo Faculdade américa
  • Bruno Moret Alves
  • Maria Eduarda Costa Correa
  • Amanda Tanêz Lucio
  • Linccon Fricks Hernandes

Abstract

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a violência compõe-se, no uso de ameaças planejadas de intervenção de forças física ou o poder contra a si mesmo ou até mesmo com outras pessoas, podendo provocar ferimentos, danos psicológicos, de desenvolvimento ou de privação, que os mesmo por sua vez podendo levar até a morte (DAHLBERG, KRUG, 2007).

Ligado a isso, acredita-se que a violência intrafamiliar por sua vez, tem sido a forma mais predominante de violação contra os direitos, e isso está caracterizada por dificultar o direito integral de desenvolvimentos de algum outro membro da família no que está relacionada ao espaço físico e as relações estabelecidas.(STEFANINI JUNIOR et al., 2019).

De acordo com Hernandes e Mattos (2021) problemas de saúde mental entre crianças e adolescentes, correlações à violência intrafamiliar e outras expressões da

questão social, como drogas, desemprego e desigualdades sociais as quais se intensificam diante do contexto de pandemia (HERNANDES; MATTOS, 2021). 

Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo discutir a violência contra mulheres, crianças e adolescentes no contexto da pandemia.

É algo mais frequente e cotidiano do que se imagina, e é principalmente com o isolamento social que grupos de crianças e adolescentes são afetados diariamente com agressões físicas e verbais, onde seus familiares desferem gritos e agressões físicas só para descontar o estresse do dia a dia, muitos pensam que esse método mais violento ajuda a educar a criança/adolescente, não poderiam estar mais errados, pois além de prejudicarem o psicológico da vítima, podem gerar traumas irreversíveis. O público infanto-juvenil necessita de um ambiente familiar seguro onde possam crescer e também se sentir seguros, segundo a Revista Paulista de Pediatria, durante um período de estudos 136 municípios catarinenses notificaram 1,851 denúncias de violência contra infanto-juvenis (de 0 a 19 anos), baseado em dados pré-isolamento, entretanto com a pandemia e sem poder sair ou ir para instituições de ensino teve uma diminuição de 55,3% casos notificados, pois com o isolamento dificulta a ajuda que um profissional da educação possa dar a uma criança vítima de violência, ou impede que um adolescente saia de casa em busca de socorro. (Revista Paulista de Pediatria, 2020).

References

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Published

2021-07-06

Issue

Section

Artigos