O DISCURSO DO MOVIMENTO SANITARISTA E A UNIVERSALIZAÇÃO DA SAÚDE NO BRASIL

Autores

  • Sylvio Augusto De Mattos Cruz Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.21576/pensaracadmico.2024v22i2.4146

Resumo

Este artigo tem por objetivo compreender como o discurso do movimento sanitarista viabilizou a significação da questão da saúde para outros atores sociais. Nesse intuito, propõe analisar as alterações na ordem do discurso realizadas pelo sanitarista para a desnaturalização do discurso historicamente hegemônico na saúde. Busca entender, ainda, que a hegemonia não é obtida pela imposição de uma estrutura social, mas mediante a construção de alianças, de modo a ganhar a confiança dos indivíduos e convencê-los a se integrarem. As práticas discursivas têm um papel fundamental nesse processo, a partir da constituição de novas ordens discursivas. Através de um processo dialético, o discurso do movimento sanitarista sofreu influência de diversos atores sociais e foi se modificando, de forma a apresentar uma nova significação para a problemática da saúde pública no Brasil. Desnaturalizando o discurso historicamente hegemônico na saúde, que atribuía as doenças à vontade divina ou à falta de higiene individual. Os sanitaristas demonstraram que as doenças eram, na verdade, causadas por fatores ambientais e sociais. O discurso do movimento sanitarista também foi importante para a construção de alianças com outros atores sociais. Os sanitaristas se aliaram a políticos, empresários e intelectuais para promover a agenda sanitária.

Biografia do Autor

Sylvio Augusto De Mattos Cruz, Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro

Doutor em Ciência Política - IUPERJ

Mestre em Administração - UFPb

Bacharel e Administração - UFRJ

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Publicado

2024-08-12

Edição

Seção

Ciências Sociais Aplicadas