ANÁLISE DO IMPACTO DO USO INDISCRIMINADO DE ANTIMICROBIANOS EM CEPAS RESISTENTES DE Klebsiella pneumoniae CARBAPENEMASE EM HOSPITAIS BRASILEIROS
DOI:
https://doi.org/10.21576/pensaracadmico.2024v22i3.4203Resumo
A Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) é uma bactéria Gram-negativa que está entre as principais causadoras de infecções relacionadas à assistência à saúde e surtos em diversas instituições. Estudos mostram que a indicação do tratamento, a escolha do agente ou a duração da antibioticoterapia é incorreta em 30% a 50% dos casos, colaborando para o cenário de propagação em massa de cepas multirresistentes. O presente estudo tem como objetivo analisar o impacto do uso indiscriminado de antimicrobianos na resistência bacteriana KPC em hospitais brasileiros, bem como avaliar os custos financeiros associados a esta problemática. A pesquisa trata-se de uma revisão integrativa da literatura, para realização das pesquisas foram utilizadas as bases de dados BVS e PUBMED. Após pesquisa nessas bases e a utilização dos filtros pertinentes, foram selecionados 7 artigos para esta revisão. Pode-se inferir, portanto, que as Enterobacteriaceae produtoras de carbapenemase por Klebsiella pneumoniae são as carbapenemases mais prevalentes no Brasil, e a prevalência de KPC-KP vem aumentando na maioria dos hospitais brasileiros, limitando severamente as opções terapêuticas contra esse patógeno, com apenas alguns agentes β-lactâmicos permanecendo ativos. No geral, estima-se que mais de 50% das prescrições de antibióticos são inadequadas, sobretudo a indicação de cada fármaco. Vários fatores de risco estão associados à colonização ou infecção por K. pneumoniae. Cerca de 700 mil pessoas morrem anualmente por infecções causadas por patógenos resistentes. Acredita-se que até 2050 esse número chegue a 10 milhões de mortes, gerando um gasto de aproximadamente US$ 100 trilhões. A média de custo estimada por paciente hospitalizado em tratamento no Brasil é de US$ 4,135.15. Assim, somente por meio de uma abordagem multidisciplinar e da colaboração entre profissionais da saúde, pesquisadores e gestores hospitalares, poderemos enfrentar os desafios apresentados pela resistência bacteriana e mitigar os impactos negativos do uso indiscriminado de antimicrobianos na saúde pública brasileira.
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