A COR DOS ENSAIOS CLÍNICOS: UMA LINHA TEMPORAL FUNDAMENTADA JUNTO A ÉTICA FARMACÊUTICA
DOI:
https://doi.org/10.21576/pensaracadmico.2025v23i3.4465Resumo
Segundo a revisão de literatura apresentada, o peso da comunidade negra para a ampliação de novas tecnologias de saúde é considerado desigual e inferior em comparação ao peso da participação da população branca. Este estudo esquematiza um processo reflexivo do lugar onde a população negra está inserida nas diretrizes éticas farmacêuticas no âmbito dos ensaios clínicos na atualidade em contraste com épocas passadas. De acordo com as bibliografias utilizadas neste artigo, a participação é comprometida até mesmo em situações patológicas em que a comunidade negra pode ser a mais afetada. Com isso, é necessário fazer com que essa comunidade seja incluída em ensaios ético-sociais para o desenvolvimento de estratégias antirracistas para a ocupação de um espaço ainda pouco observado no contexto participativo e na contribuição da diversidade étnico-social em tecnologias inovadoras de saúde pública, além de trazer à contemporaneidade, fatos históricos para reflexão de como as circunstâncias, no passado, foram moldadas com base em etimologias científicas ultrapassadas que foram pensadas conforme as vertentes do racismo e suas faces. Racismo este, que traz à tona uma situação baseada na hierarquia étnica, em que coloca a comunidade branca em uma situação de privilégio e a comunidade preta em uma posição de subalternidade. Esta revisão de literatura também retrata os fatos históricos mais emblemáticos sobre o uso da população preta em prol de avanços científicos no passado, como esses acontecimentos afetam a comunidade e esculpem o racismo científico, e traz possíveis medidas para que as indústrias farmacêuticas, institutos e organizações que promovem os testes clínicos, podem colocar em ação a fim de garantir uma representação etnicamente diversa frente aos estudos clínicos para o desenvolvimento de novas tecnologias de saúde. Ou seja, o objetivo deste artigo é analisar a utilização de pessoas negras em testes clínicos sem consentimento, traçando um panorama histórico e propondo reflexões éticas e científico-sociais para o contexto atual.
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