A PRISÃO PREVENTIVA E O PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA

Authors

  • Claudio Rodrigues Araujo Policia Civil do Espírito Santo

DOI:

https://doi.org/10.21576/pensaracadmico.2023v21i1.3457

Keywords:

Presunção de Inocência. Prisão Preventiva. Prisão Cautelar.

Abstract

O presente trabalho trata do conflito entre a possibilidade processual de restrição da liberdade antes da condenação definitiva do acusado e o princípio da presunção de inocência. Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo analisar a aplicação do princípio da presunção de inocência relacionado a prisão preventiva, sendo que, a decretação dessas medidas importa na restrição da liberdade do acusado. A conclusão que é possível tirar, com maior relevância, é relacionada ao rigor e o comprometimento com os critérios justos e adequados para o decreto de uma prisão preventiva. Por esse motivo, a análise, além de outras garantias, precisa ter realização à luz da presunção de inocência. Por fim, é possível dizer que a prisão preventiva precisa estar pautada nas garantias com previsão na Constituição e nos seus princípios. O magistrado precisará ter sua atuação como um real guardião da Carta Magna, encarando o princípio da presunção de inocência como garantia eficaz para tratar o acusado. Toda prisão preventiva que sofrer violações na presunção de inocência e que não tenha sido decretada por exigências cautelares absolutas não terá legitimidade.

Author Biography

Claudio Rodrigues Araujo, Policia Civil do Espírito Santo

Bacharel em Direito.

Mestre em Teologia e Ciências Sociais.

Pós graduando em Ciências Penais e Segurança Pública.

Pós graduando em Direito Constitucional.

Pós graduando em Direito do Consumidor.

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Published

2023-04-05

Issue

Section

Ciências Humanas