ANÁLISE GLOBAL DOS DETERMINANTES PARA A HESITAÇÃO NA VACINAÇÃO CONTRA COVID-19: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Resumen

O crescimento de movimentos contrários à imunização, acentuado nas últimas décadas pela propagação de notícias falsas através do ciberespaço, está ganhando crescente força e visibilidade globalmente.  Apesar dos progressos alcançados na gestão da pandemia da COVID-19, observou-se um aumento significativo nas polarizações políticas, teorias conspiratórias, movimentos antivacina e preocupações relacionadas às vacinas contra o coronavírus, tanto nas redes sociais quanto nas mídias tradicionais. Nesse sentido, o objetivo é analisar os fatores que influenciam a hesitação à vacinação contra COVID-19 em nível global. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura que utilizou as bases PubMed, BVS e SciELO, pesquisa ("Quais fatores influenciam na hesitação vacinal da COVID-19?"). A busca foi realizada com descritores como "saúde pública", "hesitação vacinal" e "COVID-19", com a utilização do operador booleano “AND”, “e” e “y”. Os critérios de inclusão abrangeram artigos publicados entre 2020 e 2023, em inglês, português ou espanhol, com estudos clínicos relevantes. O processo de seleção dos estudos seguiu as diretrizes estabelecidas pelo PRISMA. A hesitação em relação à vacinação contra a COVID-19 é influenciada por fatores socioeconômicos e culturais, com destaque para disparidades entre grupos sociodemográficos, como negros/afro-americanos. As principais causas incluem o medo da infecção e a desconfiança nas vacinas, especialmente devido à novidade da vacina e questões sobre sua segurança. Estratégias de comunicação eficazes, focadas nos meios de comunicação, são sugeridas para aumentar a aceitação, ressaltando a eficácia e segurança das vacinas. As vacinas são amplamente reconhecidas como ferramentas eficazes na prevenção de doenças infecciosas, dessa forma a análise do fenômeno da hesitação vacinal deve considerar determinantes principais, pois a vacinação é um processo comportamental complexo. Diante disso, nos últimos anos, um fator de relevância crescente tem sido o surgimento da internet e o uso constante das redes sociais para disseminar informações falsas, conhecidas como fake news. A hesitação vacinal tem se tornado um tema cada vez mais relevante, sendo amplamente debatido em pesquisas que analisam as atitudes e comportamentos da população frente à vacinação contra a COVID-19. Com o surgimento de novas variantes do vírus e questões sobre a obrigatoriedade vacinal, é crucial que as autoridades de saúde pública monitorem constantemente a hesitação vacinal e ajustem suas estratégias conforme a evolução do contexto da pandemia.