MECANISMO DE INFECÇÃO DA COVID-19 E SEU IMPACTO NA COAGULAÇÃO SANGUÍNEA

Autores

  • Raquel Sena Pontes Grapiuna UNIFACIG

Resumo

No final do ano de 2019 foi registrado em Wuhan, na China, casos de infecção por um novo tipo de coronavírus, o SARS-CoV-2, agente etiológico da COVID-19. O SARS-CoV-2 é responsável por causar danos vasculares por dois mecanismos principais: reposta imune citotóxica, que lesa os vasos sanguíneos de forma direta; e inibição da expressão da enzima conversora de angiotensina II, resultando em um efeito estimulante na cascata da coagulação e predispondo à formação de trombos. Visto a escassez de informações acerca da COVID-19 e a grande quantidade de casos de distúrbios da coagulação em pacientes portadores dessa patologia, foi proposta uma revisão literária com base em bibliografias sobre o tema “COVID-19”. O estudo objetivou reunir informações sobre a fisiopatologia da COVID-19 e demonstrar como as alterações orgânicas provocadas por essa doença podem predispor a eventos tromboembólicos. Como o receptor da ECA-II está presente no parênquima pulmonar, sistema cardiovascular e renal, a infecção pelo SARS-CoV-2 resulta em um acometimento sistêmico. Especificamente no tecido vascular, a infecção pelo vírus da COVID-19 cursa com um aumento da permeabilidade dos vasos, perturbação da microcirculação e ativação da coagulação. Não houve diferença significativa no número de mortes entre os pacientes que receberam tratamento com heparina e os que não receberam. Porém, quando o tratamento com heparina foi realizado em pacientes com escore SIC maior ou igual a quatro foi associado a uma menor mortalidade. Portanto, concluiu-se que são necessários mais estudos observacionais sobre as repercussões do tratamento com heparina em pacientes portadores de COVID-19 a fim de se estabelecer critérios seguros para o controle das alterações da coagulação sanguínea provocadas pelo coronavírus.

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Publicado

2021-10-05

Edição

Seção

Medicina