Os riscos de comorbidades associadas à obesidade conduz muitos cidadãos a realização de dietas para emagrecimento. Com frequência surgem dietas propagadas pela mídia e por profissionais que atuam em áreas estéticas. As chamadas dietas da moda são, muitas vezes, consequentes de hábitos empíricos, sem qualquer validação científica de seus efeitos positivos. O objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos do jejum intermitente no emagrecimento. Como metodologia, foi adotada a revisão narrativa de literatura. Os resultados indicam que as pesquisas que incluam estudos randomizados, de coorte e longitudinais com humanos são escassas ou inexistentes, de modo que as evidências se baseiam sobretudo em estudos realizados in vitro e com ratos. Tais evidências são consideradas de baixa eficácia pela medicina, de modo que são inconclusivas. Elas indicam que o jejum intermitente oferece benefícios metabólicos que têm como resultado o emagrecimento. No entanto, os resultados são semelhantes a aqueles encontrados em outras dietas restritivas. Também foram identificados sinais de rejuvenescimento, melhora da função cardiovascular, redução da pressão arterial e diabetes. Considerando as evidências e o potencial que o jejum intermitente oferece, é importante que sejam realizados mais estudos que investiguem os seus efeitos.
