A EFICÁCIA DO NIFEDIPINO NA TOCÓLISE: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ISABELA PEREIRA SOBRINHO MANHUAÇU 2022

Autores

  • Isabela Pereira Sobrinho UNIFACIG

Resumo

O Brasil é o décimo país no mundo com maior número de nascidos prematuros, sendo essa prematuridade um grave problema de saúde pública, uma vez que se apresenta associada às altas taxas de morbimortalidade neonatal e infantil. A tocólise é um procedimento realizado com a utilização de drogas farmacológicas que atuam no adiamento do trabalho de parto em gestantes que apresentam contrações pré-termo, colaborando para um ganho de tempo necessário para realização da corticoterapia antenatal. Objetivo: evidenciar o papel do nifedipino na tocólise, bem como esclarecer o mecanismo de ação, a eficácia e a segurança dessa droga em relação aos outros agentes utilizados hoje em dia. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa de literatura, desenvolvida após a análise de artigos científicos indexados nas seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Eletronic Library Online (SciElo), National Library of Medicine (PubMed) e Cochrane Library. Foram excluídos os artigos que não responderam parcial ou integralmente à pergunta norteadora “Qual a eficácia do uso da Nifedipina na tocólise?” . Resultados e discussão: O uso do nifedipino na tocólise está sendo muito discutido visto sua facilidade de administração, baixo custo e baixa taxa de efeitos adversos graves, sendo, por isso, considerado tratamento de primeira linha em diversos países desenvolvidos. A escolha do melhor agente tocolítico é feita baseada no histórico médico materno, idade gestacional atual e custo. Atualmente ainda não foram definidos agentes tocolíticos definitivos de primeira linha pelo Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia, entretanto, tem-se o nifedipino e a indometacina como drogas mais usadas. Conclusão: O nifedipino foi associado ao prolongamento da gravidez, menor morbidade neonatal grave, menos efeitos adversos maternos, aumento na idade gestacional ao nascimento, reduções no parto prematuro, diminuição das internações e tempo de permanência na UTIN, e não apresentou alterações fisiológicas materno-fetais significativas.

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Publicado

2022-07-29

Edição

Seção

Medicina