QUEDAS E MORBIMORTALIDADE EM IDOSOS

UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Autores

  • David Victor de Oliveira

Resumo

Introdução: Nos últimos anos houve um aumento expressivo da população de idosos no mundo e também no Brasil. Portanto houve uma elevação da prevalência de doenças crônico-degenerativas e das grandes síndromes geriátricas com destaque para as quedas. As quedas são definidas como um evento não intencional que resulta na mudança da posição inicial do indivíduo para um mesmo nível ou nível mais baixo. Dados apontam que mais de um terço das pessoas com idade acima de 65 anos sofre ao menos uma queda anualmente e essa proporção se eleva com o aumento da idade. Os fatores de risco para um idoso cair são divididos em fatores intrínsecos, ou seja, próprios ao indivíduo e extrínsecos, próprios ao ambiente em que o idoso circula. As quedas podem ter como consequência fraturas, perda da autonomia ou levar a óbito. Elas configuram grave problema de saúde pública com altos índices de internações hospitalares porém o tema ainda não recebe a devida atenção na esfera das políticas de saúde. Objetivos: Frente a relevância do assunto, o presente Trabalho tem como objetivo, através de revisão bibliográfica, analisar a epidemiologia, os fatores de risco, a morbimortalidade e as intervenções para prevenção das quedas em idosos. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica da literatura sobre Quedas em Idosos realizada entre os meses de Dezembro de 2022 a Maio de 2023. 14 publicações foram categorizadas de acordo com o enfoque da produção (causas, consequências e mortalidade, intervenção/prevenção) e por conta de sua compatibilidade com o objetivo do presente trabalho e a qualidade do conteúdo, foram considerados relevantes e utilizados como referência. Resultados: No Brasil, aproximadamente 30% das pessoas idosas sofrem pelo menos uma queda ao ano. A queda se configura como o mecanismo de lesão mais comum na velhice e a maior causadora de óbitos, sendo a quinta causa de morte mais prevalente entre os idosos e a primeira por causa externa nesse segmento da população. Por constituir evento traumático na vida da pessoa idosa, a ocorrência da queda ocasiona não apenas consequências físicas mas também consequências funcionais e psicossociais. A prevalência deste evento multifatorial se associa a aspectos intrínsecos e extrínsecos que abrangem as esferas biológica, comportamental, ambiental e socioeconômica. Quanto maior o número de fatores associados, maior é a probabilidade da ocorrência de queda portanto, é de suma importância não apenas identificar os fatores preditores Prevenir a ocorrência de quedas é a opção mais eficaz e tem baixo custo e um de seus pilares é a atividade física. A prevenção deve ser composta por fatores multidimensionais. Conclusão: As quedas na população idosa representam um grave problema de saúde pública. Por isso, é muito importante que os profissionais da saúde que atuam diretamente com o público idoso conheçam e estudem o tema. Isso possibilitará a redução de número de quedas nessa população e consequentemente haverá diminuição expressiva nos gastos com agravos à saúde

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Publicado

2023-09-08

Edição

Seção

Medicina