SÍFILIS CONGÊNITA

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO NO MUNICÍPIO DE MANHUAÇU-MG

Autores

  • Thiago Bosetti Santiago

Resumo

Define-se Sífilis por doença infectocontagiosa, sistêmica, de evolução crônica e de distribuição mundial. Causada pela bactéria espiroqueta Treponema pallidum e transmitida pelas vias sexual ou materno-fetal, possuindo apenas a espécie humana como hospedeiro, transmissor e reservatório. Os casos de Sífilis Congênita referem-se a toda criança, aborto ou natimorto de mãe infectada não tratada ou que tenha recebido tratamento inadequado. O objetivo é identificar o perfil epidemiológico da Sífilis Congênita no município de Manhuaçu/MG. Este trabalho trata-se de um estudo exploratório transversal de abordagem quantitativa. Os dados serão levantados nos sistemas de informações disponíveis no DATASUS referentes ao município de Manhuaçu-MG. A amostra de estudo serão todos os casos notificados de Sífilis Gestacional no período de 2010 a 2021. Foram notificados 234 casos no período, onde é possível identificar uma variável crescente nos sete primeiros anos e posterior decrescência, o que sugere uma melhora na identificação e tratamento da doença. Ao relacionar a ocorrência da Sífilis Congênita com a Sífilis Gestacional, identificamos aproximadamente 51% das gestantes evoluíram com transmissão vertical da doença. Sobre o tratamento do parceiro, cerca de 60% dos parceiros não foram tratados e outros 15% foram ignorados. Apesar da visível redução do número de casos de Sífilis Congênita, é importante ratificar que a doença permanece como problema de saúde pública para à cidade e algumas variáveis analisadas merecem um destaque negativo quanto sua relação com os casos, sendo elas: não tratamento do parceiro, baixa escolaridade materna e também o fato de que quase 40% dos casos foram identificados somente no momento do parto ou curetagem. Nesse sentido, muito ainda precisa ser realizado, especialmente no âmbito da saúde pública. Principalmente ações envolvam a educação de profissionais de saúde, ênfase no cumprimento de protocolos e no estímulo à notificação, além do foco em atendimento à população mais vulnerável.

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Publicado

2023-09-08

Edição

Seção

Medicina