ARBOVIROSES DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA NA UNIDADE DE ATENDIMENTO INTERMEDIARIO DE MANHUAÇU- MG
UMA ANÁLISE DA INCIDÊNCIA, TRANSMISSÃO E IMPACTO NA SAÚDE PÚBLICA LOCAL
Resumo
O estudo "Arboviroses Dengue Zika e Chikungunya na Unidade de Atendimento Intermediario (UAI) de Manhuaçu- MG,analisa a incidência, transmissão e impacto das arboviroses na cidade de Manhuaçu, Minas Gerais. Utilizando dados do Sistema VIVER da Secretaria Municipal de Saúde de Manhuaçu, a pesquisa abrange o período de abril de 2023 a abril de 2024, registrando um total de 12.802 casos de arboviroses na Unidade de Atendimento Intermediário (UAI) de Manhuaçu, com uma predominância significativa de Dengue. A análise evidencia a importância de estratégias eficazes de controle e prevenção, dado o aumento significativo dos casos de Dengue durante o período analisado. Fatores como urbanização acelerada e desordenada, falta de saneamento básico e aumento do fluxo de pessoas contribuíram para a disseminação dessas doenças. A pesquisa também destacou a necessidade de fortalecer a vigilância entomológica e epidemiológica para direcionar melhor as medidas de controle e prevenção. A Dengue apresentou o maior número de casos (12.697), principalmente entre adultos de 45 a 50 anos e com uma ligeira predominância no sexo feminino. A pesquisa sugere que a maior presença das mulheres em ambientes domésticos, onde ocorre a transmissão, e a menor busca dos homens por serviços de saúde podem explicar essa disparidade. Houve também um número menor de notificações de Chikungunya (105 casos) e nenhuma de Zika, indicando possíveis subnotificações ou diagnósticos ineficientes. O estudo reforça a necessidade de políticas públicas eficazes para a prevenção e controle das arboviroses, com especial atenção aos grupos mais vulneráveis, como idosos e pessoas com doenças crônicas. Tecnologias digitais, como aplicativos de monitoramento e sistemas de alerta precoce, são sugeridas como ferramentas promissoras para melhorar a resposta às epidemias. Além disso, a pesquisa destaca a importância do investimento contínuo em pesquisa para o desenvolvimento de novas estratégias de controle, como mosquitos geneticamente modificados e vacinas mais eficazes.