PERFIL DA PREVALÊNCIA DA SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE CAUSADA POR VÍRUS EM MINAS GERAIS
Resumo
As infecções respiratórias agudas são responsáveis por desenvolver nos indivíduos doenças mais complicadas que podem levar a óbito. Os vírus que mais acometem as infecções respiratórias são rinovírus, vírus sincicial respiratório, coronavírus e influenza. A Síndrome Respiratória Aguda Grave, segundo o Ministério da Saúde abrange casos de síndrome gripal, no qual o indivíduo apresenta quadro respiratório agudo, com a presença de dois dos seguintes sinais e sintomas: febre (aferida ou referida), calafrios, odinofagia, cefaléia, tosse, coriza, asnomia ou disgeusia, e que evoluem com dispnéia ou desconforto respiratório ou pressão ou dor persistente no tórax ou saturação de oxigênio periférico menor que 95% em ar ambiente ou cianose dos lábios ou face. A vigilância dos vírus respiratórios é de grande importância para a saúde pública do Brasil por conta do potencial epidêmico e pandêmico que alguns vírus podem apresentar. O presente estudo teve como objetivo analisar a prevalência do perfil epidemiológico da Síndrome Respiratória Aguda Grave, identificada no Boletim Epidemiológico no Estado de Minas Gerais no ano de 2022 e 2023. Os dados foram coletados a partir dos registros presentes no Portal de Vigilância em Saúde do Governo de Minas Gerais. As infecções respiratórias foram detectadas durante todos os meses do ano, tendo algumas apresentado picos de atividades durante o primeiro semestre, que são períodos mais quentes, e outras mais evidentes nos períodos mais frios. Elementos do clima e sazonalidade podem influenciar na presença de vírus em determinadas estações do ano. A vigilância dos vírus respiratórios é fundamental para que se tomem medidas de controle na população. Estratégias eficientes podem ser adotadas, como campanhas de vacinação mais longas e atendimento específico para grupos de risco. Novos estudos populacionais regionais podem contribuir para políticas públicas mais adequadas a fim de reduzir a ocorrência das doenças respiratórias agudas, diminuindo as hospitalizações e óbitos não somente em Minas Gerais, mas em todo o Brasil.