OPAPELDAENFERMAGEMNAREABILITAÇÃOPSICOSSOCIALNA ESQUIZOFRENIA
Resumo
A esquizofrenia é um dos principais desafios de saúde nos dias de hoje, demandando um investimento significativo no sistema de saúde. Intervir logo no primeiro episódio desse transtorno apresenta uma oportunidade única para o tratamento da esquizofrenia, influenciando diretamente a progressão da doença. A esquizofrenia apresenta uma ampla variedade de manifestações clínicas que podem ser divididas em três categorias principais: Sintomas positivos: delírios, alucinações (frequentemente auditivas), pensamentos desorganizados e comportamentos bizarros. Sintomas negativos: apatia, isolamento social, dificuldade de expressão emocional, falta de iniciativa e prazer nas atividades. Sintomas cognitivos: déficits na atenção, memória e capacidade de planeamento, afetando o funcionamento diário. A esquizofrenia tem um impacto significativo na qualidade de vida, incluindo: Social: dificuldade em manter relações interpessoais, isolamento social. Económico: incapacidade de manter um emprego estável. Psicológico: aumento do risco de depressão, ansiedade e baixa autoestima. Familiar: sobrecarga emocional e financeira sobre os cuidadores. A enfermagem desempenha um papel fundamental no apoio à reabilitação psicosocial de pacientes com esquizofrenia, focando-se em: Promoção da adesão ao tratamento: garantir que o paciente compreenda a importância da medicação e da terapia. Educação e suporte ao paciente e família: informar sobre a doença, sintomas e estratégias de coping. Estímulo à autonomia: incentivar a participação em atividades do dia a dia para melhorar a funcionalidade. Intervenção em crises: monitorizar sinais precoces de recaída e atuar para evitar descompensações. Encaminhamento para serviços de reabilitação: apoio em programas de integração social e profissional. O objetivo é melhorar a qualidade de vida, promover a reintegração social e reduzir o impacto da doença no quotidiano do paciente e da sua família.