EFEITOS DA EXPOSIÇÃO À FUMAÇA DE CIGARRO ELETRÔNICO (VAPING) NO ORGANISMO HUMANO - UMA REVISÃO DE BIBLIOGRAFIA

Resumo

Embora cigarros eletrônicos sejam promovidos como menos prejudiciais, eles contêm nicotina e são proibidos no Brasil desde 2009 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Mesmo assim, esses dispositivos são vendidos de forma irregular no mercado, atraindo novos usuários com sabores e aromas. O vaping, inicialmente criado como uma alternativa aos cigarros convencionais, agora preocupa autoridades de saúde, que veem um aumento no seu uso. Entre 2013 e 2019, o uso experimental de sistemas eletrônicos de nicotina cresceu no Brasil, enquanto pesquisas recentes tentam mapear o impacto desse consumo. A tendência também se observa entre adolescentes e jovens adultos, tornando-se um desafio para a saúde pública. Os riscos de longo prazo dos cigarros eletrônicos ainda são incertos, pois a sua introdução no mercado é recente. Embora o aerossol desses dispositivos contenha menos carcinógenos que a fumaça dos cigarros tradicionais, há preocupações sobre o potencial cancerígeno e outros efeitos adversos, especialmente com o uso dual de diferentes produtos de nicotina. Para enfrentar esse desafio, campanhas
educativas e vigilância no mercado digital e em pontos de venda são essenciais. Ações de prevenção focadas nos jovens e o desenvolvimento de políticas públicas eficazes são fundamentais para reduzir o uso de dispositivos eletrônicos de fumo e combater essa nova ameaça à saúde pública no Brasil. O estudo busca, portanto, demonstrar os métodos de lesão dos cigarros eletrônicos no corpo humano, reunindo a bibliografia, artigos e estudos científicos atuais e analisando as regulamentações e percepções no Brasil e no mundo acerca dos mecanismos patogênicos desses dispositivos na saúde pulmonar e o perfil de
consumidores. Ademais, busca-se fazer uma comparação entre a patogenicidade do cigarro-eletrônico e do tabagismo convencional.