ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS SECUNDÁRIAS À INFECÇÃO POR ARBOVIROSES

Resumo

As arboviroses, doenças transmitidas por artrópodes, sobretudo o mosquito Aedes aegypti, representam um sério problema de saúde pública no Brasil, especialmente devido à sazonalidade da dengue, zika e chikungunya. O objetivo deste trabalho é elucidar os riscos e complicações neurológicas associadas às infecções pelos vírus da dengue, zika e chikungunya, bem como a fisiopatologia desses no sistema nervoso central. Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura, com abordagem qualitativa e caráter descritivo, baseado em levantamentos bibliográficos realizados nos últimos 6 anos. Foram identificados 35 artigos, que foram analisados em sua totalidade, com foco em títulos, resumos e resultados. Foram excluídos os artigos que não abordavam a temática proposta, resultando na seleção de 13 artigos utilizados para a elaboração deste trabalho. As infecções pelos vírus da dengue, zika e chikungunya possuem similaridades entre os sintomas em casos leves ou iniciais, bem como singularidades dos agravos clínicos de cada uma dessas doenças. Nesse contexto, observou-se as seguintes principais manifestações neurológicas associadas à essas patologias: encefalite, polineuropatia, Síndrome de Guillain-Barré, meningite, meningoencefalite, neuropatia, mielite transversa aguda, hemorragia cerebromeníngea, neuromielite óptica, encefalomielite disseminada aguda e mononeuropatias, além da Síndrome Congênita Associada à Infecção pelo zika vírus. Assim, este estudo identificou as principais alterações neurológicas relacionadas às arboviroses no Brasil, evidenciando que essas complicações podem afetar significativamente o sistema nervoso e apresentam sintomas sobrepostos, o que dificulta o diagnóstico precoce. Apesar de serem doenças conhecidas no Brasil, as arboviroses não devem ser negligenciadas, sendo essencial a atualização contínua sobre seu manejo e tratamento, devido ao potencial de causar debilitação significativa nos pacientes