ARQUITETURA REGENERATIVA COMO AGENTE DE TRANSFORMAÇÃO

UM NOVO MODELO PARA SUPERAR OS LIMITES DA SUSTENTABILIDADE

Autores

  • Sãmela Mendes Cunha

Resumo

Diante dos eventos climáticos extremos que o planeta tem enfrentado por conta de mudanças repentinas e drásticas, observa-se uma crescente preocupação dos órgãos responsáveis com o meio ambiente, por meio de discussões recentes que buscam elaborar planos de ação para garantir, de forma saudável, o futuro do planeta. Esta pesquisa busca compreender como a arquitetura pode contribuir para esse processo, a partir do método em que a arquitetura passa a se integrar ao ecossistema por meios regenerativos. A metodologia adotada fundamenta-se inicialmente em uma revisão bibliográfica que aborda a evolução da arquitetura sustentável até o surgimento da arquitetura regenerativa, analisando sua presença nas grades curriculares de cursos de Arquitetura e Urbanismo de instituições ao redor do mundo, com ênfase no cenário brasileiro. A pesquisa contempla instituições internacionais de referência, como Harvard GSD e KU Leuven, bem como nacionais, como a FAU-USP e a UNIFACIG. Os dados coletados revelam uma lacuna significativa na formação acadêmica brasileira no que se refere à abordagem regenerativa, sendo necessário que as instituições estejam aptas a formar profissionais qualificados para atender às realidades e desafios do mundo contemporâneo. O estudo identificou que, enquanto instituições estrangeiras já oferecem disciplinas com foco em sistemas vivos, biomimética e design ecológico, as nacionais ainda mantêm currículos tradicionais da arquitetura sustentável, distantes dessa nova perspectiva. Diante desses resultados, este estudo propõe uma reflexão crítica sobre o papel do arquiteto como agente transformador e facilitador de processos vivos, que pode, e deve, atuar como agente restaurador daquilo que, um dia, suas próprias construções ajudaram a degradar, destacando a urgência de repensar o ensino e a prática da arquitetura à luz das demandas ambientais contemporâneas.

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Publicado

2025-07-24

Edição

Seção

Arquitetura e Urbanismo