SÍFILIS CONGÊNITA: ESTUDO EM UMA CIDADE DE MÉDIO PORTE DA ZONA DA MATA MINEIRA
Abstract
A sífilis configura-se como uma doença sexualmente transmissível. Em gestantes, a não realização do tratamento, ou a execução deste de maneira ineficaz, resultam em um grave quadro de sífilis congênita (SC). Este estudo visou analisar a realização do exame pré-natal na Atenção Primária de Saúde (APS) e a permanência da sífilis congênita, e verificar os dados relativos a essa questão em um município de médio porte pertencente à Zona da Mata mineira. O seguinte trabalho tem como pauta uma revisão de literatura, em busca pelos temas relacionados à sífilis congênita e à eficácia do pré-natal para embasar o perfil epidemiológico de tal enfermidade no município estudado. Por meio dos dados relativos à cidade em estudo foi possível verificar que a incidência de sífilis congênita foi de 80 casos de 2008 a 2018, sendo que 74 realizaram pré-natal, 39 foram diagnosticadas no momento do parto/curetagem, 48 tiveram tratamento inadequado e 30 não o realizaram, e 55 parceiros não foram tratados; das 177 mulheres notificadas entre 2005 e 2018, 22,5% não concluíram o ensino médio e 54,8% são pardas; a faixa etária está intimamente ligada à ocorrência ou não da profilaxia da sífilis, sendo que 51,3% das mulheres notificadas possuem 20 a 29 anos. Conclui-se, assim, são necessárias melhorias quanto à notificação, o diagnóstico e o tratamento da doença em questão. Além disso, há a necessidade de educação em saúde para atenuar os índices da patologia.
Palavras-chave: sífilis congênita; atenção primária; pré-natal; transmissão vertical.
References
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