ASPECTOS CLÍNICOS E MORFOLÓGICOS DA QUELITE ACTÍNICA UMA REVISÃO DE LITERATURA

Abstract

A queilite actínica (QA) é classificada como uma desordem potencialmente maligna, resultante da exposição solar prolongada. Esta acomete especialmente o lábio inferior, apresentando-se predominantemente em trabalhadores rurais do sexo masculino, acima de 45 anos e de pele clara. O presente artigo consiste em uma revisão de literatura na base de dados Pubmed em artigos publicados no período de 2010 a 2020 em versão completa, objetivando a análise dos aspectos clínicos e morfológicos da QA, bem como as formas de tratamento. É justificada então a necessidade da menção a esta desordem visto que, por fatores que ainda merecem atenção, passa despercebida por muitos profissionais da saúde. Deste modo, clinicamente pode-se observar áreas de ressecamento labial, placas brancas e vermelhas que são características mais presentes. No entanto, o que demostra o diagnóstico diferencial é a modificação do tecido conjuntivo devido ao quadro de elastose solar com a degradação basofílica das fibras elásticas e colágenas. Outra característica importante é a displasia epitelial, uma alteração anormal do tecido epitelial, que justifica o seu potencial de malignização e está associada à sua heterogeneidade clínica. A terapêutica preconizada para essa alteração é a vermelhectomia, sendo valido ressaltar que há diversos estudos que buscam encontrar um tratamento menos agressivo e que garanta um pós operatório mais satisfatório.