ENFERMAGEM: UM COTIDIANO DE PRAZER OU SOFRIMENTO?
Abstract
Este artigo tem como objetivo analisar as questões que envolvem prazer e sofrimento na rotina de profissionais da área da saúde e quais as formas que os mesmos encontram para lidar com esses sentimentos; mais especificamente enfermeiros chefes e técnicos de enfermagem do Sistema Único de Saúde da cidade de Simonésia MG. De acordo com as ideias de Dejours, Dessors e Desrlaux (1993), o trabalho além de ser um jeito das pessoas ganharem a vida, é uma maneira pela qual o homem se insere na sociedade em busca de status, tanto nos aspectos físicos quanto nos psíquicos. Ainda associam o trabalho a fatores positivos que trazem equilíbrio e desenvolvimento. Embasando-se nas ideias dos autores Mendes, Morrone e Vieira (2009), o trabalho pode se tornar uma fonte de prazer na vida dos trabalhadores a partir do momento em que eles são reconhecidos em suas atividades ou quando conseguem fazer com que uma situação que lhes causava sofrimento, tornar-se uma experiência prazerosa e consequentemente saudável. O dia a dia dos enfermeiros requer muita dedicação, conhecimento e paciência, pois trabalham com situações e pessoas com alto grau de stress e de sofrimento. Portanto, a essência do prazer no trabalho constitui-se na realização do cumprimento da meta planejada. Para que tal realização não se torne desgastante e o trabalho algo exaustivo e repetitivo, se faz necessário a organização de todo o processo de trabalho, buscando pré-definir as atividades e tarefas que cada indivíduo deverá realizar, deixando-os livres para exercer seu cargo, assim o trabalho pode oferecer uma sensação prazerosa. A pesquisa teve algumas limitações como: encontrar esses profissionais, devido a trocas de escalas, ou por estarem trabalhando em outras cidades.
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