CUIDADOS ODONTOLÓGICOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO IDOSO: REVISÃO DE LITERATURA
Resumo
Introdução: A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é uma ala do hospital para onde os pacientes que necessitam de tratamentos intensivos são direcionados¹. O atendimento odontológico geriátrico neste setor tem como objetivo prevenir as doenças bucais em pacientes idosos, assim como limitar a contaminação de bactérias que colonizam desde a cavidade oral até o trato respiratório inferior. Os cuidados com a saúde bucal podem melhorar o quadro e, consequentemente, reduzir o tempo de internação e os custos hospitalares do paciente². Nesse contexto, objetiva-se elucidar e depreender os cuidados com os idosos hospitalizados, especialmente internados na UTI. Metodologia: O presente estudo consiste em uma seleção de artigos e revistas odontológicas, usitando os Descritores em Ciência da Saúde (DECS): Odontologia geriátrica; Saúde bucal; UTI. O critério utilizado foi artigos publicados nos últimos dez anos. Resultados e discussão: As adulterações bucais mais notadas na UTI são a doença cárie e as infecções gengivais e periodontais relacionadas ao acúmulo de biofilme. Dentre estas doenças, algumas podem evoluir com maior frequência em pacientes internalizados na UTI em razão da enfermidade, medicação em uso, condição geral de saúde do doente e presença de dispositivos para ventilação. Somando-se a isto, a idade avançada do paciente, a higiene bucal, a antibioticoterapia e a permanência em ambiente hospitalar são fatores predisponentes para o crescimento em quantidade e complexidade deste biofilme. Estudos demostram que as carências em práticas adequadas de higiene bucal estão diretamente relacionadas ao aumento significativo da microbiota. Isto posto, considerando que a cavidade bucal é composta por um grande reservatório de patógenos, percebe-se a necessidade e importância da limpeza bucal como método de prevenção de outras possíveis doenças no idoso submetido a terapia intensiva³. Assim sendo, ressalta-se que manter a escovação diária, umedecer mucosas e lábios de forma frequente e desinfetar o tubo endotraqueal com Clorexidina 0,12% são atitudes plausíveis, apontadas pelos estudos, para alcançar um serviço de qualidade para a saúde bucal dos idosos na UTI2,4. Conclusão: Perante o exposto, ressalta-se a relevância do cirurgião dentista na área hospitalar para alcançar uma melhor higiene da cavidade bucal do idoso na UTI. Visto a importância deste assunto recomenda-se maiores estudos nesta área para enaltecer a importância da odontologia hospitalar e ampliar os conhecimentos sobre este tema.
Referências
MIRANDA, F. A.; MONTENEGRO, B. L. F. Ação odontológica preventiva em paciente idoso dependente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) – Relato de caso. Revista Paulista de Odontologia Jan-Mar 2010, 32(1):34-38.
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BENATTI, G.F.; MONTENEGRO, B. L. F. A intervenção odontológica colaborando na diminuição das afecções respiratórias dos idosos. Revista EAP-APCD 2008,9(2):1-4, Junho.