PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DE MEDICINA COM RELAÇÃO À METODOLOGIA SOTL

Autores

  • Andreia Almeida Mendes Centro Universitário UNIFACIG
  • Humberto Vinício Altino Filho
  • Rita de Cássia Martins de Oliveira Ventura
  • Reginaldo Adriano de Souza
  • Marcos Vinícius de Souza
  • Fernanda Cota Trindade
  • Glaucio Luciano Araújo
  • Renata de Freitas Mendes

DOI:

https://doi.org/10.21576/pa.2020v18i2.1812

Resumo

Sabe-se da importância de se desenvolver atividades que levem o aluno a pesquisar e desenvolver o pensamento científico; quando essas habilidades se somam ao processo de ensino-aprendizagem, como uma ferramenta, este benefício se potencializa, o que contribui ainda mais para o desenvolvimento de habilidades e competências essenciais não só a vida acadêmica, como também à vida profissional. Com base nisso, objetivou-se analisar a percepção dos alunos do 2º de Medicina de uma faculdade da Zona da Mata Mineira com relação à metodologia SOT, aplicada na disciplina de “Português Instrumental”. Para a aplicação do méLtodo, optou-se pela escolha de artigos científicos ligados à temática da importância da comunicação para ampliar o potencial terapêutico de cuidado nas ações de saúde, uma vez que, durante o semestre, esta temática havia sido objeto de discussão e análise na disciplina. A aplicação do método SOTL seguiu as etapas propostas pelo método, tendo a duração de 2 horas. Ao final, foi aplicado um questionário de natureza quantitativa como forma de analisar a aceitação do método; a turma em questão possuía 45 alunos, sendo que, destes, 36 alunos responderam a este questionário. Registrou-se, então, que metade dos alunos consideraram o método como satisfatório e/ou excelente; 47,5% consideraram que o conteúdo da disciplina foi apreendido de forma mais significativa através do método e 41,7% afirmaram que a metodologia proporcionou a construção colaborativa do conhecimento e, por isso, deve ser recomendada a outros períodos e cursos. Dentre as habilidades desenvolvidas pelo método, a colaboração, a reflexão e a autonomia foram as mais recorrentes. Torna-se interessante destacar ainda que, apesar da DCN deste curso sinalizar a aplicação de metodologia ativa como obrigatória, observou-se a rejeição de parte dos alunos que ainda veem o método tradicional de ensino como o mais eficiente.

 

Biografia do Autor

Andreia Almeida Mendes, Centro Universitário UNIFACIG

Doutora em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais, na linha de Variação e Mudança Linguística; Mestre em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais, na mesma linha anteriormente citada; especialista em Docência do Ensino Superior pelas Faculdades Doctum; graduada em Letras pela Universidade do Estado de Minas Gerais. Atualmente é professora e coordenadora de Metodologia Ativa do Centro Universitário (UNIFACIG), Editora da revista Pensar Acadêmico, Coordenadora Institucional do projeto "Letramento em Programação", Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa, atuando principalmente nos seguintes temas: variação e mudança linguística, sintaxe, linguística diacrônica, língua portuguesa, metodologias ativas de ensino-aprendizagem, redação, argumentação jurídica e metodologia científica.

Referências

ANDERSEN, L.W. A usable, trans-disciplinary conception of scholarship. Higher Educationl-Research and Development, v. 19, n. 2, p. 137-153, 2000.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução n. 3 de 20 de junho de 2014. Institui diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em Medicina e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 23 jun. 2014.

BOYER, E. Scholarship Reconsidered. Washington, DC: The Carnie Foundation, 1990.

CEZAR, P.H.N., GUIMARÃES, F.T., GOMES, A.P, ROÇAS, G., SIQUEIRA-BATISTA, R. Transição paradigmática na educação médica: um olhar construtivista dirigido à aprendizagem baseada em problemas. Revista Brasileira de Educação Médica. v. 34, n. 2, p. 298–303, 2010.

GLEADOW, R., HONEYDEW, M., FORD, A, BRONWYN, I., ABBOTT, K. New tools for a new age: An evolution or revolution in higher education? Research, v. 4, n. 1, p.1502, 2015.

KANE, How we teach the teachers: new ways to theoriza practice and practise theory. Pros-pect. v. 32, n. 3, 283-310, 2002.

KREBER, C. Reflection on teaching and the Scholarship of teaching: focus on science instructions. Higher Education-Research and Development. v. 50, n. 2, p. 523–359, 2015.

KREBER, C. How university teaching award winners conceptualise academic work: Some further thoughts on the meaning of scholarship. Teaching in Higher Education, v. 5, n. 1, p. 61–78, 2000.

LUIS, E. C.; SOBRINO, A.; GONZÁLEZ-TORRES, M.C. Scholarship of Teaching and Le-arning: un modelo de desarrollo profesional de los profesores universitarios. Revista Elec-trónica Interuniversitaria de Formación del Professorado, v. 16, n. 1, p.5-14, 2013.

SOBRAL, F. R., CAMPOS, C.J.G. Utilização de metodologia ativa no ensino e assistência de enfermagem na pordução nacional: revisão integrativa. Rev Esc Enferm USP, v. 46, n.1, p. 208–218, 2012.

PAIVA, M.RF.; PARENTE, J.R.F.; BRANDÃO, I.R.; QUEIROZ, A. H.B. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem: revisão integrativa. SANARE. v.15, n. 2, p. 145–153, 2016.

Downloads

Publicado

2020-03-27

Edição

Seção

Artigos