EFEITOS PSICOLÓGICOS CAUSADOS PELO USO DE ESTEROIDES ANABOLIZANTES ANDROGÊNICOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21576/pensaracadmico.2025v23i1.4316

Resumo

O artigo aborda os impactos neuropsiquiátricos dos esteroides anabolizantes androgênicos (EAA), substâncias cujas origens datam da Antiguidade e que atualmente suscitam debates sobre saúde mental. Este trabalho tem como objetivo examinar os efeitos psicológicos e neurocognitivos do uso de EAA, com ênfase na cognição social e nos distúrbios de imagem corporal em usuários crônicos. A pesquisa consistiu em uma revisão integrativa de literatura, contemplando estudos recentes acessíveis em bases científicas como PubMed, CAPES e outras. Os critérios de inclusão visaram maximizar a qualidade e a relevância das evidências, selecionando artigos que abordam diretamente as correlações entre EAA e efeitos neuropsiquiátricos. O uso prolongado de EAA mostrou forte associação com múltiplas psicopatologias, incluindo transtornos de personalidade antissocial e borderline, transtornos de humor, dismorfia muscular e distúrbios de controle de impulsos. Em homens, verificou-se prevalência de dismorfia muscular e dependência de exercício físico, enquanto em mulheres os resultados apontam para maior incidência de transtornos de personalidade e humor. A literatura evidencia déficits significativos na Teoria da Mente (ToM) em usuários de EAA, com redução na capacidade de interpretação dos estados mentais alheios, potencializando comportamentos antissociais. O abuso de EAA compromete a saúde mental, promovendo alterações na cognição social e desencadeando comportamentos impulsivos e agressivos. Esses achados reforçam a necessidade de políticas de saúde pública que regulem o acesso aos EAA e incentivem intervenções terapêuticas voltadas à cessação e ao suporte psicossocial de usuários.

Biografia do Autor

Ana Carolina Miranda, Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida- FESAR

Graduação em andamento em Medicina.
Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida, FESAR, Brasil.

Angélica Cláudia Miranda, Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida-FESAR

Graduação em andamento em Medicina.
Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida, FESAR, Brasil.

Samara Rodrigues Noleto, Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida-FESAR

Graduação em andamento em Medicina.
Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida, FESAR, Brasil.

Jessica Batista de Jesus, Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida-FESAR

Possui graduação em Biomedicina pela Universidade Federal do Pará (2013). Trabalhou como bolsista de Iniciação Científica (PIBIC) no Laboratório de Biologia Estrutural, atuando na grande área da Neurobiologia. Mestre em Neurociências e Biologia Celular, com enfoque em Biologia Celular, pelo programa de pós-graduação em Neurociências e Biologia Celular da Universidade Federal do Pará (conceito Capes 4). Docente atuando na "Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida" (FESAR - AFYA) como professora Auxiliar, atuando no curso de Medicina, Enfermagem e Direito na cidade de Redenção - Pará, lecionando por metodologia ativa e Tradicional.Membro da comissão interna de avaliação do Internato no curso de Medicina (Fesar/Afya).Membro do Núcleo de Apoio ao Desenvolvimento Docente (NAPED) da Fesar/Afya.Possui conhecimento nas áreas da Biologia Celular, com enfoque em cultura de células e processos de sinalização Celular, Biologia Molecular, Bioquímica, Biofísica, Fisiologia e Histologia.

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Publicado

2025-04-10

Edição

Seção

Ciências da Saúde