REPARO DE RESTAURAÇÃO EM RESINA COMPOSTA
UMA REVISÃO DE LITERATURA
Abstract
Falhas precoces da resina composta ou recorrência de lesões de cárie, desgaste, fratura da restauração, pigmentação marginal e alteração de cor podem comprometer a longevidade da restauração, indicando a necessidade de intervenção. No entanto, o processo de troca do material restaurador causa comprometimento na estrutura dental, assim, o reparo das restaurações se apresenta como uma opção menos invasiva. Este estudo tem como objetivo revisar a literatura sobre o reparo de restaurações em resina composta. A seleção dos artigos foi realizada nas bases de dados SciELO, Scopus, PubMed e Google Acadêmico, com idioma inglês e português. Os descritores empregados na busca foram: “resinas compostas”, “restauração dentária” e “reparos", bem como seus correspondentes em inglês. Foram incluídos trabalhos escritos em português ou inglês, com disponibilidade do texto integral do estudo e clareza no detalhamento metodológico utilizado. Excluíram-se aqueles que não apresentavam relevância clínica e bibliografia sobre o tema. O reparo consiste em remover parcialmente a restauração, envolvendo a porção comprometida, criando um espaço que será preenchido com uma nova resina composta. A adesão entre a resina composta antiga e a resina inserida no reparo é influenciada pela: aspereza de superfície, realizado por meio de pontas diamantadas ou jateamento com óxido de alumínio, eliminando-se a camada de resina superficial possivelmente danificada;
material de união e pelo tempo de envelhecimento. Destacam-se como etapas fundamentais do reparo o preparo mecânico da superfície,o condicionamento químico com ácido fosfórico 37% e a aplicação dos agentes de união, como silano e adesivo.
A correta indicação desse procedimento deve-se levar em consideração não apenas a detecção da falha a ser reparada, mas também a condição da resina remanescente. Conclui-se que, quando bem indicado e executado, o reparo em resina composta
representa uma estratégia clínica eficiente e conservadora, consolidando-se como uma alternativa favorável para a prática clínica cotidiana.