Com a evolução do pensamento do homem, cujo comportamento tende a atravessar os séculos na busca de meios e condições de se garantir maior qualidade de vida, a história das pessoas portadoras de deficiência vem ganhando um capítulo à parte, principalmente nas grandes democracias e nos países desenvolvidos. A natureza criativa humana vem se desdobrando na construção de um mundo mais igualitário, passando pelo reconhecimento dos direitos individuais e das minorias e culminando na criação de leis e mecanismos assistenciais que favorecem na autonomia e na garantia do direito universal à vida. Os conhecimentos técnicos, especialmente das áreas de engenharias e arquitetura e urbanismo, vêm desempenhando um papel preponderante na transformação do meio social, criando habitações, ambientes coletivos e individuais, móveis, ferramentas, utensílios, máquinas, aparelhos e instrumentos e uma gama infinita de objetos adaptáveis às necessidades especiais de parte da população que apresenta algum tipo de deficiência. Em outra esteira do tecido social que tem a prerrogativa de garantir que os meios facilitadores, tanto na criação de leis quanto na execução de obras e serviços se convertam em reais benefícios, estão as autoridade constituídas, cujo comportamento precisa ser característico de representantes que cumprem fielmente os seus mandatos segundo o rigor da lei. Semelhantemente, é primordial e insubstituível a atuação da sociedade, razão fundamental da criação de toda a estrutura de governo de uma nação, que precisa estar atenta aos seus direitos e deveres, não deixando espaço para os interesses corporativistas e corruptores, mas mantendo-se sóbria e altiva em face da construção do espaço urbano coletivo, participativo e inclusivo e dotado de preceitos de mobilidade e acessibilidade. Somados todos os esforços, ciência, política e sociedade, o resultado esperado chega ao homem individual, cujo ganho, porém, é histórico e global.
