ENVELHECIMENTO POPULACIONAL E ESPAÇO URBANO
UM ESTUDO SOBRE ACESSIBILIDADE, SAÚDE MENTAL E CONVÍVIO SOCIAL EM MANHUAÇU-MG
Resumen
O envelhecimento populacional é um processo contínuo, marcado pelo aumento da população idosa, que dobrou entre os anos 2010 e 2022 no Brasil, fato que desperta para a observação das condições estruturais da sociedade, em especial do espaço público para acolher de maneira igualitária a pessoa idosa. Este estudo destaca a situação do envelhecimento populacional e estruturas físicas e sociais da cidade de Manhuaçu-MG. A metodologia busca compreender, no primeiro momento, o estado da arte, por meio de revisões bibliográficas e artigos científicos que tratam da questão da qualidade do envelhecimento e diretrizes para adequação dos espaços urbanos para a nova realidade populacional. Este processo traz à tona desafios, especialmente relacionados à falta de mobilidade e a falta de acessibilidade urbana, que contribuem de maneira significativa com o isolamento social e depressão na pessoa idosa. A depressão é o transtorno mental mais frequente a população idosa e pode ser intensificada por enfermidades crônicas, diminuição da autonomia e falta de suporte familiar e social. A metodologia da pesquisa envolveu, no segundo momento, o estudo de estatísticas demográficas acerca do aumento e distribuição da população idosa em Manhuaçu e as possibilidades de acesso à espaços de lazer públicos em razão de sua localização. O estudo revelou disparidades nas condições de acessibilidade e oferta de lazer entre bairros. Com base nos achados, o artigo sugere que repensar o planejamento urbano com foco na terceira idade é urgente, valorizando o envelhecimento ativo, o acesso à cidade e a convivência social. Diante disso, levanta-se um questionamento: a criação de centros-dias distribuídos pelos bairros, voltados ao acolhimento, cuidado e convivência de idosos, poderia ser uma alternativa eficiente para minimizar os impactos dos efeitos do isolamento e promover
bem-estar? A proposta ainda demanda reflexão sobre viabilidade, mas aponta para caminhos promissores no desenvolvimento de uma cidade mais inclusiva e preparada para o envelhecimento populacional.
